23/10/09

À laia de balanço

Ontem a falar com o meu mais-que-tudo chegámos à conclusão que partilhamos a mesma falta de saudades do que deixámos para trás.

Parece-me um pouco estranho mas um óptimo sinal. Foi um corte radical não só por mudarmos de região como também por ficarmos longe dos nossos pais que nos davam um apoio enorme e libertavam muito tempo para podermos dar mais atenção aos macaquinhos durante a semana e os nossos passeios ao fim de semana.

Custou-me imenso ver a minha casa "despida" e no entanto não tenho a mínima curiosidade/necessidade de lá voltar e só me custa não ir a Rio de Mouro há algumas semanas porque queria ver a minha avó mais vezes. Tirando isso... estou mesmo muito bem aqui e melhor ficarei quando finalmente tiver a minha casa pronta.

Troquei o carro pela Barraqueiro. A viagem é um pouco maior mas confortável e faz-se muito bem a xonar, ler ou ouvir música (só é pena que não posso ir a cantar ou fazer outras figuras tristes que fazia no carro sozinha). No regresso parece que estou a ir para outro mundo e tenho uma sensação difícil de descrever mas que parece uma paz que me invade.

E tudo isto mesmo sabendo que me pode esperar uma birra horrenda do Tiago.

4 comentários:

Mel disse...

Conheço bem a sensação!
Também eu deixei, há já 6 anos, Rio de Mouro e não tenho saudades nenhumas, nenhumas mesmo! Mudei-me para o sul, um lugar relativamento perto de Lisboa,mas suficientemente calmo para achar que vivo no campo. O mais novo frequenta a escola publica, que é optima, o bairro é muito calmo ( os miudos brincam na rua, andam de bicicleta, passeiam o cão, rebolam-se na relva do nosso jardim, andam de baloiço, escorrega, sei lá mais o quê). Quando venho com os pequenos a Lisboa ao médico, etc. adoram vir de comboio, mas detestam a confusão, ficam mesmo atarantados. Eu por mim, quando tenho de vir em serviço a Lisboa, também venho de comboio e ou aproveito para vir a trabalhar, ou simplesmente a ler, dormir, o que me apetecer.
Para mim não foi dificil deixar aquela localidade, porque nada me ligava lá ( fomos para lá porque o meu marido trabalhava ali na zona - Base Area nº1). Que ganhei muita qualidade de vida com a mudança, isso sem dúvida. Por isso, tudo de bom para vocês, para esta nova etapa.
Um abraço.
maria anjos

Mina disse...

Boa Andreia

Concerteza, vai ter outra qualidade de vida e outra paz, então quando estiver tudo organizadinho, vai ser bestial...
A linha de Sintra já está esgotada, e muito selvática eu confesso até já tenho medo, de por lá andar e no entanto vivi 18 anos na Buraca, há nove que mudei de rumo, e ganhei outra tranquilidade, onde ainda sinto segurança, mas perdi noutras coisas , mas sinto que compensou o bem estar de toda a familia, Principalmente os filhos, a minha filha veio com quase 7 anos e já se acha daqui...
Da area da grande Lisboa sinto também a falta da familía, mas vou tentando lá ir, sempre de transportes para não stressar rssss
Aproveitem bem...
Bjocas

Estrunfina disse...

Maria Anjos, que giro!

Se calhar já nos cruzámos por aquelas zonas ;)

bjs

Estrunfina disse...

Pois é Mina. Eu insegurança nunca senti mas há medida que os macaquinhos iam crescendo, olhava com mais atenção para a escola primária da zona e cada vez me agradava menos a idéia.

Bjs