22/04/08

A pepa

Hoje estava a vestir a Cathy e sem querer enfiei o meu dedo no olhinho dela. Não a magoei muito mas doeu-lhe, claro. Esfregou o olho e reparei que ela queria alguma coisa. Estava a dar-lhe miminho e ela diz qualquer coisa, mas só percebia o “Eu quero”. O quê amor? Não percebo. Ela fartou-se de repetir, mas não estava nada ansiosa nem chateada por eu não perceber. Pela minha cabeça passavam 1001 coisas que ela podia querer, até que finalmente eu percebi: “Eu quero pepa”.

Era a Pepa dela, a chupeta que só usa para dormir e neste caso para se consolar um bocadinho já que a tinha magoado e ela tinha acabado de a arrumar em baixo da almofada.

É tão bom entender o que a Cathy quer, ainda que continue com a sensação que ela fala para o ar e não propriamente connosco. Mas a verdade é que desta vez ela falou por iniciativa dela porque queria que eu lhe desse uma coisa.

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