É o trabalho que a educadora da Cathy pediu aos pais para fazer. A folha será a capa do Dossier que reune os trabalhos deste ano lectivo.
É simples. Fui eu que escolhi o nome mal soube que afinal era uma menina e não um menino. Para rapaz, na altura, estava instalada uma “guerra” porque não conseguíamos concordar no nome e nem discutíamos nomes de menina, tal era a confiança LOL.
Saídos do consultório, a caminho do carro, eu disse ao João, à laia de súplica, ela vai-se chamar Catarina. Ele concordou que era um bom nome.
Então e porquê Catarina?
Acho que nós acabamos sempre por conectar um nome ao perfil de alguém que o tem. Não conheci muitas Catarinas, tenho no entanto de infância, a memória de uma menina com esse nome que sempre me fascinou e passei a associar Catarina com alguém muito alegre, extrovertido e com um “brilho” especial.
Além disso, há aquela música da Ana Faria, que apoia o meu sentimento a este nome:
Das miúdas de sacola
No recreio lá da escola
Quem saltita mais é ela
Refilona e matreira
Rainha da brincadeira
Catarina tagarela
Se alguém diz que já chega
Ainda joga à cabra cega
À macaca e à apanhada
Faz a roda faz o pino
Corre atrás daquele menino
Não sabe o que é estar cansada
Corre, pula, canta, dança, brinca, joga, salta e ri
No entanto, estou há mais de um mês para entregar o trabalho, porque cada vez que penso nesta música, vêm-me as lágrimas aos olhos.
Não vou escrever na capa uma coisa que, ao ser comparada com a realidade não faz sentido.
Vou ter de reflectir mais sobre o que escrever. Provavelmente vai sair algo muito superficial mas acho que é melhor do que ser lamechas.