07/03/08

Hidroterapia

A Cathy está a atravessar uma fase má. Descontrola-se facilmente e nem conseguimos compreender o porquê, arranja birras com coisas do dia a dia que já não são novidade para ela e se à distância conseguimos relevar, quando estamos no meio delas só apetece chorar de desespero.

Foi assim na passada 5ª feira quando ela não quis sair da piscina, se recusou a calçar os chinelos e ficou que tempos enrolada à toalha até a conseguir convencer a vestir-se. Tentei à força, não deu (por pouco não rasguei as cuecas) e graças a Deus a única pessoa que interviu mais activamente tinha mesmo o intuito de ajudar, acabou por dizer para ter calma. E eu tive, fiquei com ela enrolada a uma toalha, a cantar no balneário e lá foi acalmando.

Na 3ª feira foi o pai, só precisei ver a cara dele para ver que correu igual ou pior e hoje calha-me novamente a mim. Estou receosa, mas já sei com o que posso contar, por isso vou com calma. Quando a Cathy está descontrolada, não adianta ralhar ou fazer à bruta. Às vezes até podemos levar a nossa avante, mas fica-nos um sabor tão amargo que a menos que seja para não perder o avião, não vale a pena.

...

Entretanto não consegui publicar este texto e a piscina já foi. Começou logo mal, porque se recusou a despir no balneário. Insisti, ela não queria, depois começou a mostrar que queria ir para o corredor que dá acesso à piscina e eu deixei-a ir... até certo ponto e expliquei que dali para a frente, só podia ir sem roupa, com o fato de banho. Claro que não posso saber se foram as minhas palavras, mas depois lá me deixou despi-la e aceitou ir para o colo da mãe de um coleguinha enquanto eu me preparava.

Na água as coisas correram mal porque decidi-me a contrariar a tendência das últimas semanas de a Cathy só fazer o que lhe apetece. Estas sessões são para ser agradáveis para ela, mas não são pura brincadeira, têm alguns objectivos concretos aos quais ela tem estado a fugir. Para mim e para a terapeuta foi difícil porque ela se fartou de chorar, para quem estava de fora também foi aflitivo, ficaram todos a conhecer-nos.

Críticas à parte, mesmo com uma pequena rejeição inicial ao que lhe pedia, a Cathy portou-se bem no balneário, saiu muito bem disposta e assim ficou o resto da noite. Enquanto que nas últimas vezes fez o que queria e mesmo assim ficava birrenta. Quem sabe ela não está a pedir alguma regra/rotina?

A minha esperança, é que mesmo que tenha mais duas ou três sessões assim, ela acabe por perceber o que se espera dela na piscina, e a partir daí tudo corra melhor. Não sei é se estou correcta, vou aconselhar-me e logo vejo se devo voltar a trás.

2 comentários:

Anónimo disse...

Todas as crianças têm as suas fases mais difíceis, e temos de ter uma boa dose de paciência e amor para não perdermos nós próprios a noção do que lhes pretendemos transmitir.

Talvez depois desta fase menos boa da Cathy ela venha a ter a evolução pretendida.

A maior força para ti.

Bjs

K disse...

Pois... que paciência que vcs têm de ter, meu Deus!!! Nem sabes como vos admiro... tenho a perfeita noção que não seria capaz. Admiro-vos!!! Bjs e força