05/12/07

Xi-xis & crises

Ontem pela primeira vez, a Cathy descuidou-se e fez xi-xi no carro, ao regressar da escola.

Não quis ir para a casa de banho mal chegou a casa, e enquanto o pai a despia, limpava e voltava a vestir, só chorava, berrava e esperneava. Quando finalmente os dois conseguimos vestir-lhe as calças, ela volta a fazer xi-xi.

Ela continuava com a crise e eu questionei-me porque seria, uma vez que nós não a repreendemos e estávamos a falar de modo calmo (embora a gritar por dentro, porque já estávamos a ficar atrasados para a hidroterapia).

Embora me parecesse pouco provável, lembrei-me de tentar novamente levá-la à casa de banho. Ela foi mas não se queria sentar no bacio e no entanto, de vez em quando lá escorria um pouco de xi-xi pelas pernas. Depois de muito hesitar, sentou-se e parecia uma torneira. Limpei-a, vesti-a e ficou feliz da vida...

Agora parece-me óbvio, mas na altura não foi assim tão fácil compreender o motivo da crise. É difícil mantermos o discernimento face a situações destas porque nós próprios temos de conseguir lidar com a frustração de não sermos super-pais, não conseguirmos adivinhar todas as necessidades da Cathy e não sabermos o que fazer.

Um problema mantém-se (para não falar na falta de uma frase simples “quero xi-xi”) porquê esta retenção de xi-xi? De Domingo à noite para Segunda ela não fez mais que umas pingas o dia todo, só voltou a fazer xi-xi na noite de Segunda para Terça, enquanto dormia. Ontem, para ter feito meio penico de xi-xi, é porque esteve imenso tempo a reter novamente. Isto não pode ser normal e não é nada bom.

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