22/11/13

1º balanço (da consulta com o Dr. Máximo)

Passaram-se quase 5 meses desde a 1ª consulta com o Dr. Máximo. Apenas 4 de medicação porque a pneumonia da Cathy fez-me atrasar o seu início, não fosse o caso de estar a encobrir sintomas da medicação com o tratamento da pneumonia.

Da medicação inicial, tivemos de ajustar por um período a dose de risperidona porque tornava a Cathy muito sonolenta a meio da tarde e aqui, o Dr. Máximo foi impecável porque respondeu-me sempre aos meus e-mails e monitorizou assim o ajuste da medicação.

Houve coisas que notámos logo no início e que têm gradualmente vindo a melhorar: a Cathy está muito mais presente, mais comunicativa, mais atenta e este sector será o que mais tem ganho com a medicação.

Em relação ao comportamento, é difícil de avaliar, de explicar... por um lado aguenta-se muito melhor em situações aborrecidas, como a espera para uma consulta. Parece também mais cuidadosa, regra geral, com os pares mas, quando lhe dá a travadinha, Jesus... e esta semana, quase parece estar em TPM (medo).

Na escola, as expectativas estavam altíssimas. De facto, no início das aulas, a Cathy parecia completamente diferente mas, o tempo revelou que em alguns aspectos as coisas ainda estão muito difíceis e quando no ano passado ela tinha reacções explosivas na sala, agora diz simplesmente que não quer trabalhar. Sim, é bom fazer uso do verbo mas não resolve o problema de estar cada vez mais atrasada nos estudos.

Tivemos agora a 2ª consulta. O EEG revelou significativas melhoras na fala e que a epilepsia está bem controlada mas reflectiu também o que nós estávamos a sentir em relação ao comportamento. Voltámos portanto à dose inicial de risperidona mas mais divida (manhã, tarde e noite em vez de manhã e tarde).

Começou agora a tomar também Somazina que tem demonstrado efeitos positivos na articulação- área em que a Cathy apresenta muita dificuldade.

04/11/13

Dias menos bons

Sinto-me cansada e, como de costume, à espera dos próximos episódios porque preciso que sopre um vento novo.

A Cathy anda enervada e enervante. Percebeu que brevemente tem de ir à consulta em Madrid e não fala noutra coisa o dia inteiro, com choro e birras porque quer ir andar no avião. Grita, bate, chora, sei lá... Muitas das vezes, sei que o faz à espera da nossa reacção mas só raramente consigo ignorar. Com a força que tem estou sempre à espera que parta alguma coisa ou se magoe a bater nela própria. Valha-me Deus, que isto passe depressa.

Em dias assim, é difícil acreditar que a medicação fez uma grande mudança nela mas a verdade é que fez só que... há-de haver sempre fases assim, complicadas... suspiro...