23/10/09

Lindo

Porque adorei o poema, convido-vos a ler:

http://sorrisosnoolhar.blogspot.com/2009/08/sorrisos-no-olhar.html

À laia de balanço

Ontem a falar com o meu mais-que-tudo chegámos à conclusão que partilhamos a mesma falta de saudades do que deixámos para trás.

Parece-me um pouco estranho mas um óptimo sinal. Foi um corte radical não só por mudarmos de região como também por ficarmos longe dos nossos pais que nos davam um apoio enorme e libertavam muito tempo para podermos dar mais atenção aos macaquinhos durante a semana e os nossos passeios ao fim de semana.

Custou-me imenso ver a minha casa "despida" e no entanto não tenho a mínima curiosidade/necessidade de lá voltar e só me custa não ir a Rio de Mouro há algumas semanas porque queria ver a minha avó mais vezes. Tirando isso... estou mesmo muito bem aqui e melhor ficarei quando finalmente tiver a minha casa pronta.

Troquei o carro pela Barraqueiro. A viagem é um pouco maior mas confortável e faz-se muito bem a xonar, ler ou ouvir música (só é pena que não posso ir a cantar ou fazer outras figuras tristes que fazia no carro sozinha). No regresso parece que estou a ir para outro mundo e tenho uma sensação difícil de descrever mas que parece uma paz que me invade.

E tudo isto mesmo sabendo que me pode esperar uma birra horrenda do Tiago.

16/10/09

Narhinel? Para quê?

O Tiago anda cheio de tosse e expectoração. À noite a coisa agrava-se como é natural e até conseguir adormecer mete dó.

Tentei aspirá-lo com o Narhinel mas não me deixou e lá adormeceu.

Ontem a solução apareceu na forma de birra. Quem diria?

Há séculos a chorar por motivo nenhum, o pai foi assoá-lo.

Mas o que é isto? - Deve ter pensado o Tiago - Ora que grande ultraje...

E toca de fazer força com o nariz para passar a ter ranho até ao queixo.

Isto a gente tenta ignorar a birra mas há coisas que não dá e o pai voltou a assoá-lo.

... e aquela alminha voltou a fazer força com o nariz.

Ficámos felizes da vida ao perceber que a parvoice dele estava a servir para alguma coisa. Tanto puxou o ranho que às tantas por mais força que fizesse não saía nada.

Foi digno de ver. Ele atrapalhado a ver que já não saía ranho e nós a rir que nem uns doidos.

Foi uma noite santa, sem tosse.

Qual Narhinel rsss, rsss

12/10/09

Faz de conta

Com um calorzão destes, ontem aproveitámos para ir à praia.

A água estava gelada mas nada que impeça a Cathy de avançar. Frio não é com ela.

Mas claro que não podia ser. Já noutras ocasiões a praia ficou estragada com a teimosia dela, desta vez acatou.

Pegou no baldinho e na pá e usou-os da forma mais convencional possível.

Numa ocasião, o Tiago tinha a pá e não lha queria dar. A Cathy ficou desesperada mas ouviu o meu conselho e "fez de conta" que a vela de um barco era uma pá e com ela encheu o seu balde sem se chatear mais.

Birras

As birras do Tiago já me fizeram ir à net para ver se são normais ou não.

Parece que até são. Não serei a única a passar por tais vergonhas mas custa-me a crer que um menino tão doce como ele sabe ser se transforma tanto quando tem uma birra.

Fica intratável. Um bicho.

Sabendo isso, passo a fazer exercícios de "inspira-expira" mais vezes. Ainda assim, não as consigo evitar.

Para acabar bem o fim de semana, no super-mercado decide que tem de levar um chupa-chupa ou qualquer outra coisa do género. Bem que lhe explico que nunca leva a melhor com a birra mas ele ainda não "encaixou" bem isso e deve ter sempre uma esperançazinha.

Desta vez, com poucos clientes, até as empregadas quiseram ajudar a mediar o conflito e vieram com balões e bonecos. Não repararam que ele estava vidrado com a birra.

Havia uma loja vazia com a porta aberta e ele meteu-se lá dentro. Fechou a porta e lá ficou a berrar.

A sorte mesmo foi que havia tanta gente a querer pegar-lhe que cortou o efeito da birra e ele achou que era melhor ir para o meu colo.

A birra acabou por durar só uns 5 ou 10 minutos.

No carro, vira-se o João para mim que só apareceu quando o Tiago estava dentro da loja vazia: Então mas porque é que ele estava lá dentro?

- Porque entrou para lá e fechou a porta. Depois não conseguiu abrir...

- Ahhh! É que estavam as pessoas a passar e a dizer que isso não se faz... trancar uma criança assim.

- Ai God!

A vizinha do lado

No outro dia apareceu-nos a vizinha do lado lá em casa.

Não sabiamos, ela é filha da senhora que nos emprestou a casa e foi lá à procura de uma travessa da mãe.

Simpatiquíssima, às tantas vira-se para os meus anjinhos e pergunta qual deles é que se farta de chorar.

Que vergonha! Senti-me na obrigação de justificar as birras horríveis que aquele puto faz e falei-lhe da mudança de casa, escola, etc e tal.

Sábado de manhã:
O Sr. Birras acordou bem disposto com um primeiro estágio de puro mel na nossa cama, a brincar e a cantar.

Hora de vestir:
Começa a cozinhá-la. Não quer as cuecas mas lá o vou vestindo com uma brincadeira aqui, um concurso com a mana a ver quem se prepara primeiro, e a coisa vai indo até só faltar calçar os sapatos.

Foi quando estalou a birra. Sem forma de voltar atrás começou no gozo a desafiar "não gostos destes, não gosto daqueles, ou outros doem..." e acabou num choro e berraria de fazer perder a paciência.

Quem só ouve a birra pode achar o pior do Mundo sobre nós porque o Tiago é capaz de estar na divisão ao lado, com a porta aberta a dizer "não me deixes aqui!" como se ele estivesse trancado na despensa.

O pior mesmo foi ver a vizinha a aparecer no quintal em pijama a perguntar se eu estava sozinha em casa e se precisava de ajuda.

Com um sorriso amarelo mostro-lhe os pés descalços do Birras e digo qualquer coisa do género "não há nada a fazer". Ingénua, ainda tenta captar a atenção do loiro enraivecido com um boneco ou qualquer coisa assim. Está bem, está...

Ainda precisou de chorar mais um pouco até se convencer que tinha mesmo de calçar qualquer coisa e convenci-o com os Crocs.